Escrevo esta carta — Parte 1

Gabriel Schulz
2 min readDec 31, 2019

O que dizer? É fim de ano, resoluções, traumas e alegrias do ano que se passou, etcéteras de textos natalinos e tudo mais? Acho que não.

Ah, mas que, ora pois?!

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Poderia citar as inúmeras situações horríveis no ano de 2019, refletir e: cresci e amadureci, ano que vem melhoro. Ou observar que as histórias boas do ano e que foram incríveis, me deram esperança de um futuro glamouroso. Me inspiram a ser uma pessoa melhor em 2020.

Entre uma reflexão e outra eu fico com as piadas. É o melhor que sei fazer. Afinal, se você leu meus textos do ano, foi uma grande comédia de mim mesmo. Mas o que destaco neste escrito é uma percepção: é impressão minha ou está todo mundo triste?

A década mais triste dos anos 2000 (mas só tem duas, ué). O século da tristeza está aí fazendo história. E a gente achando que na época de Goethe as pessoas eram tristes. É porque eles não viram minha conta do Twitter.

Sei que ano vai e vem, e não há nada novo debaixo do sol. Sempre fomos tristes né? O que 2019 trouxe de novo foi só mais lugares para comunicar ao mundo o quão nossas dores tomam contam da gente. E também, o pertencimento de algum cantinho deprimido em que você pode achar. Seus choros são ouvidos e você sabe que há mais gente passando por isso. Afinal, somos criaturas.

Nada de motivação para 2020 aqui, só um recado: seja triste.

Pera aí! Seja feliz também. Saiba aceitar as alegrias que lhe são dadas de presente, algumas de graça e todas elas com um certo preço. Graças a Deus a minha dívida foi paga e todos os presentes estão logo ali. Já, mas ainda não.

E por mais que as tristezas (aqui várias vezes narradas e outras nem tanto) estejam panfletando na cabeça todos os dias do ano, 2019 realmente pode ter te pegado de surpresa e colocado numa festa da saúde mental. Está todo mundo meio perdido, mas caminhando para algum lugar. E essa frase não te diz nada. Assim como este texto. Culpa do escritor.

Faça o melhor de si mesmo. Se não fizer, está tudo bem mesmo assim. Essa carta é uma constatação de que vou fazer o que tem que fazer: continuar minhas histórias. Pode vir 2020, estou preparado para escrever. No caso, digitar. Espero que o fazer valer a pena dos nossos ancestrais, agora aqui corrigido para o tempo do século XXI, ou seja, tenha feito valer o teclado.

Até o ano que vem.

Revisão por Melhor Revisora do Mundo Angélica Pereira Schulz

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